O que realmente sustenta uma vida saudável? E o que ainda nos prende a velhos hábitos?

Neste mês, convidamos Renato Romani para uma conversa direta com o Studio Mormaii. Médico do esporte, fundador da Easy Way 2 Health e um dos principais nomes da Medicina do Estilo de Vida no Brasil, Romani não veio repetir o óbvio — ele veio provocar.
A proposta era simples: fazer as perguntas que todo mundo tem vontade de fazer, mas nem sempre encontra quem responda com clareza e verdade.
Selecionamos 11 trechos dessa entrevista que funcionam como gatilhos de reflexão. Sozinhos, já trazem impacto. Juntos, podem mudar a forma como você olha para o corpo, a mente e os comportamentos que te aproximam (ou te afastam) da saúde que realmente faz sentido pra sua vida.
1. Um fato curioso sobre o Renato
“Sou de Santo André, SP, com formação na USP, UNIFESP, Fleury e atuei no futebol profissional. Minha mãe é tcheca, meu pai de origem italiana e minha esposa é holandesa. Um mix internacional a serviço da saúde!”
Antes de tudo, Renato é gente como a gente, alguém que soma vivências diferentes e encontrou na medicina um jeito de impactar a vida real das pessoas.
2. A maior mentira sobre saúde que ele já acreditou
“Que comer bem faz ganhar músculo. Ou pior: que transforma gordura em músculo. Quem desenvolve o músculo é o treino. Alimentação ajuda, mas não é o bastante.”
Aqui ele já desmonta uma das ideias mais populares nas academias e redes sociais: sem movimento constante, não existe transformação real no corpo.
3. O que reduziria drasticamente a obesidade mundial
“Se as pessoas entendessem a importância de monitorar a própria saúde, não ignorariam os sinais. O ganho de peso é quase sempre silencioso.”
Essa é uma das falas que mais ecoou na conversa: a ideia de que não é preciso esperar um susto para começar a cuidar de si. O corpo sempre dá sinais, a gente só precisa parar de ignorar.
4. Os dados que assustam
“Atualmente, 31% da população adulta brasileira vive com obesidade. Em 2044, pode chegar a 48%. Se não fizermos algo agora, a próxima geração estará em colapso.”
A saúde coletiva depende de escolhas individuais. Quando a gente adia esse cuidado, transfere o impacto pra frente — e o futuro já tá logo ali.
5. O real inimigo: desinformação
“O excesso de informações erradas alimenta o sedentarismo. Juntos, criam a tempestade perfeita.”
Em tempos de excesso de conteúdo, o problema não é falta de acesso. É saber filtrar e em quem confiar, isso faz toda a diferença!
6. O papel da tecnologia
“Sem relação humana, a tecnologia perde impacto. A conexão entre treinador e aluno é essencial para manter motivação e constância.”
Por mais que os aplicativos evoluam, nada substitui a escuta, o olhar atento e a motivação que nasce da conexão humana. Saúde não se automatiza.
7. O hábito que ele deletaria do mundo
“Ter pena de si mesmo. Aquele pensamento de ‘eu mereço’ que se disfarça de recompensa e acaba virando sabotagem.”
Essa fala diz muito com pouco. Às vezes, o que a gente chama de “cuidado” é só um jeito inconsciente de manter velhos padrões.
8. Cuidar da saúde é mais mental do que físico
“‘Mens sana in corpore sano’. O que você pensa determina o que você faz.”
O corpo segue a mente — e é por isso que cuidar da saúde mental também é treino.
9. Um padrão emocional que precede a desistência
“A pessoa para de se pesar. Evita a realidade. Isso é conhecido como o ‘problema do avestruz’.”
A fuga da realidade é sempre o primeiro sinal de abandono. Assumir a fase em que estamos é o primeiro passo pra retomar o controle.
10. O quanto ele vive o que ensina
“Cinquenta por cento. Me cobro, me cuido e sei onde posso melhorar. E mostrar vulnerabilidade também é parte do processo.”
Essa resposta é um lembrete importante: ninguém precisa ser perfeito pra ser coerente. Saúde também é se permitir ser humano.
11. Uma mensagem final
“Temos a chance histórica de mudar a forma como tratamos a obesidade. Com tecnologia, empatia e dados, podemos humanizar o cuidado.”
Mais do que diagnóstico e plano alimentar, saúde real pede empatia, consistência e consciência. O resto é sobre repetir fórmulas que não funcionam pra todo mundo.
Se você sentiu que essa conversa mexeu com alguma coisa aí dentro, compartilhe com alguém que precisa de um novo olhar sobre o próprio corpo e nos acompanhe nas redes sociais para mais conteúdos como esse. E lembre-se: mudar comportamento é o que realmente muda a saúde!